A Cultura do Cangaço: Trapiá, o palco de um duelo mortal.

A Prefeitura de Riacho das Almas está entregando, nesta sexta-feira (24/11) às 16h, um monumento que faz referência a dois personagens da história do cangaço no nordeste brasileiro.

Antônio Nicácio (comissário de polícia) e Antônio Silvino (temido cangaceiro) duelaram no dia 18 de novembro de 1905, em plena manhã, na feira de Trapiá.

Antes de Lampião, Antônio Silvino já organizava os comboios de cangaceiros no sertão da Paraíba e Pernambuco.
Nesta briga mortal, Antônio Silvino, feriu de morte com um punhal, o valente Antônio Nicácio. Trapiá, por causa deste episódio, enfrentou um período de esvaziamento na sua feira e no povo que frequentava o distrito, que ainda pertencia a Caruaru.
O cangaço foi um fenômeno social, político e cultural que ocorreu no Sertão nordestino, principalmente entre 1870 e 1940. Os cangaceiros se movimentavam pela Caatinga.

Alguns trabalhos, como o da historiadora Maria Christina Russi da Matta Machado e do geógrafo Wilson Alvares dos Santos, apresentam o cangaço como um movimento social causado pela seca, pela opressão da população pobre camponesa nordestina e pelo contexto político e econômico da região.